terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cevadinha, Cevada, Cevadão, é campeão!


Trajetória do Cevada para o titulo do Torneio Início 2012.

Disputado em forma de mata-mata, 32 equipes ”brigaram” na tarde de domingo (26) pelo troféu da primeira competição da grande Florianópolis de 2012. Mesmo com jogos curtos de apenas 25 minutos e um critério de desempate contestado (número de faltas), não faltou emoção para este torneio e o Cevada EC / FG Games fez bonito.
Pra coroar um titulo nada melhor que bater adversários difíceis do início ao fim.

E foi assim que o Cevada fez com cada um dos seus oponentes, e um torneio de tiro curto onde tudo é decidido em um piscar de olhos, pulmão cheio de ar e sangue pulsando nas veias foram ingredientes fundamentais para conquista.

Titulo que chega para coroar o trabalho dessa jovem equipe, e que, diga-se de passagem, não começou ontem. O Cevada há anos se dedica à “molecada” da comunidade do Moro do Céu, e só neste ano já se estende desde o primeiro dia, com treinamentos incessantes realizado por Rodrigo Pereira o ministro desse projeto.

Voltamos ao torneio. Um a um, o Cevada foi deixando seus adversários pra trás. Alguns pareciam intransponíveis para um time recém-chegado a série B da Floripa Cup, pequeno sim, mas aspirante a gigante, debutante entre os maiores, fato inquestionável pra uma equipe que venceu as duas últimas competições em que disputou.

Por: Maikon Costa

Acompanhe agora jogo a jogo, a conquista da equipe:

Cevada 3 x 1 Jamaica (1° Fase)
Eram apenas 25min de jogo e de cara pela frente o campeão da série B da Floripa Cup, o Jamaica. Jogo duríssimo estaria por vir.

Procurando não se arriscarem as equipes iniciaram os primeiros minutos se estudando. Com marcação bem montada até metade do jogo a equipe do Cevada não conseguia criar jogadas de ataque, foi quando em uma jogada rápida e astuta pelo lado esquerdo e um bate-rebate, o oportunismo do camisa 13 Juninho apareceu para colocar a bola pra dentro e abrir o placar para o Cevada.

Quando o Jamaica buscava encurralar o Cevada buscando o empate, provou do próprio veneno, e num contra-ataque o clube do Morro do Céu aproveitou indecisão da zaga com o goleiro e Gustavo Tavares, vulgo Foca, bem no estilo ao animal que lhe dá apelido, encobriu de cabeça, fazendo 2x0.

O gol em chute rasteiro do fora da área do estreante e artilheiro André Bertinatto colocaria o Jamaica novamente no jogo. Mas em um novo contra-ataque fulminante o Cevada, dessa vez com Evandro, não perdoou e ampliou para dar números finais a partida.

O Cevada mostrou seu cartão de visitas logo de cara e já na primeira partida despontava como sério candidato ao titulo.

Cevada 6 X 2 Porto Real (Oitavas de Finais)

O Porto Real que venceu o Verde Oliva na primeira fase veio motivado para enfrentar o Cevada. Apesar da forte marcação Cevadense a equipe Laranja conseguiu abrir o placar com um forte chute de Thiago.

A vantagem não durou muito tempo e Juninho marcou o gol de empate, mas o Porto Real mostrou que não estaria de brincadeira e com Pulga ficou novamente à frente no placar.

O regulamento previa somente um tempo de 25min e não demorou muito tempo para o Cevada impor seu ritmo e empatar com Foca e virar com Luis Felipe.

Com o resultado adverso o Porto Real se lançou a frente abrindo os espaços para o Cevada e permitindo uma goleada com números de jogos oficiais.

Foca marcou mais um, Jean outro e Vitor França fechou a goleada que garantiu o Cevada no confronto versos o Boca Carianos pela quartas-de-finais.


Cevada 3 x 2 Boca Carianos (Quartas de Finais)

O atual campeão da série C agora estava diante de uma outra grande pedreira, o Boca Carianos. De pênalti, Guilherme Pistch marcou e abriu o placar após o zagueirão e capitão do Cevada “cortar” a trajetória da bola com a mão dentro da área impedindo o gol. O atleta levou só amarelo e o banco do Boca reclamou acintosamente da não aplicação do vermelho pelo árbitros da partida.

Mas o ímpeto do Cevada era mesmo de time campeão. Não se abalando com o resultado adverso, se lançou ao ataque como uma raposa, parecia morto, mas na verdade estava pronta para o bote, e no contra-ataque pela lateral de Juninho Cunha diminui, seguido por Jean, que se tornaria o herói da partida mais tarde. Marcou o gol da "virada", e que golaço, sem chances para Ismael Silveira, arqueiro do Boca.

Com tantas emoções e o número de faltas estouradas, Guilherme Pitsch sofreu a infração e foi para cobrança de shoot-out em um lance que resultou na expulsão do zagueiro Robson, que já tinha amarelo. Na cobrança, o gol que daria a vitória e o acesso a semifinal para equipe do Boca no critério de desempate, as faltas.

Mas no último minuto do tempo “regulamentar”, em cobrança de falta surgiu novamente a estrela de Jean, que colocou o Cevada pela primeira vez a frente do placar.

O atacante Robben ainda teve a chance de marcar o gol de empate em um lance polêmico dentro da área do Cevada. Dominando a bola no peito para uns e na mão para outros, a arbitragem seguiu a segunda opção e sinalizou mão, segundo amarelo que resultou na expulsão do atleta do Boca, deixando em igualdade o número de atletas nos instantes finais.

Já nos acréscimos a arbitragem marcou uma falta duvidosa em Guilherme Pitsch. “Não foi falta, me joguei mesmo, mas a arbitragem apitou assim, compensando daqui e de lá, tive que entrar no jogo dele” declarou Guilherme ao final do jogo. Já estourada o limite, a cobrança de shoot-out foi sinalizada para desespero passageiro do banco do Cevada. Passageiro porque, no fim das contas, Guilherme Pistch foi brecado pela zaga adversária, reclamou pênalti mas só ganhou escanteio. Na cobraça de escanteio Ricardo Costa colocou a cabeça, mas o goleirão do Cevada fez uma linda defesa e garantiu a classificação.

Decidido nos detalhes e nos minutos finais, segundo o treinador do Cevada foi o jogo mais difícil da trajetória. “Foi o jogo chave, ali sentimos que poderíamos chegar” afirmou Rodrigo Pereira.

Confusões a partes o Cevada foi superior e jogou uma decisão como time grande, contendo as emoções e não desperdiçando as oportunidades ao contrário do Boca que parecia um principiante.

Cevada 2 X 1 Hercílio Luz (Semi-final)

O Hercílio que nos lembrou o Paraguai na última Copa América, chegou as semifinais com o regulamento em baixo da chuteiras. Não venceu um só jogo, empatando todos seus confrontos e usando o Fair Play já natural da equipe para avançar de fase.

Matheus Berretta, recém chegado, voltou a apresentar boas atuações, mas acabou se lesionando e prejudicando ainda mais um escasso elenco do Hercílio que já não é de hoje vem “quebrado” para competições.

O Cevada abriu o placar com o camisa 8 Brunão, ou Xixila para os mais próximos, e ampliou o placar com um golaço do craque da camisa 10, César.

O Hercílio tentava investidas pelo miolo da área, mas não conseguia penetrar a meta adversária, até que uma jogada rápida de Elias Souza conseguiu lograr excito e diminuir o placar.

Mesmo com um jogo aberto e poucas faltas não faltaram reclamações, provenientes de um regulamento confuso. Lino Costa, treinador do Hercílio Luz, colocou as emoções para fora lançando “elogios” a arbitragem e acabou expulso da partida deixando a equipe sem comando. A falta do técnico, junto com a fadiga do grande número de jogos e o elenco reduzido, não permitiram a reação Hercilense.

Apito final e estaria o Cevada na final de mais uma competição, entre os grandes, mostrando elenco, grupo, união, técnica, velocidade, raça e muitos outros adjetivos de quem chega pra brigar por titulo.

Era só aguardar os instantes finais do emocionante e nervoso jogo entre Cafuné e Quadrilheiros B que acontecia no campo 1.

Em breve conteúdo matéria especial da grande final!

Por: Maikon Costa
Fotos: Thiago Salvador (F7news)

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